sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Segunda Guerra Mundial

Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.
Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes,  inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.


























Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).
Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo.
O Início
O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos : Aliados (liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos) e Eixo (Alemanha, Itália e Japão ).
Desenvolvimento e Fatos Históricos Importantes:
- O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.
- Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas.
- De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas. 
- O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália (região de Monte Cassino) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.
Final e Consequências
Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.

Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.
Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU ( Organização das Nações Unidas ), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos países buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.

Você sabia?
- O dia 8 de maio é o Dia Mundial em memória dos que morreram durante a Segunda Guerra Mundial.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

A CRISE DE 1929

Durante a Primeira Guerra Mundial, a economia norte-americana estava em pleno desenvolvimento. As indústrias dos EUA produziam e exportavam em grandes quantidades, principalmente, para os países europeus. Após a guerra o quadro não mudou, pois os países europeus estavam voltados para a reconstrução das indústrias e cidades, necessitando manter suas importações, principalmente dos EUA. A situação começou a mudar no final da década de 1920. Reconstruídas, as nações européias diminuíram drasticamente a importação de produtos industrializados e agrícolas dos Estados Unidos. Com a diminuição das exportações para a Europa, as indústrias norte-americanas começaram a aumentar os estoques de produtos, pois já não conseguiam mais vender como antes. Grande parte destas empresas possuíam ações na Bolsa de Valores de Nova York e milhões de norte-americanos tinham investimentos nestas ações.Em outubro de 1929, percebendo a desvalorizando das ações de muitas empresas, houve uma correria de investidores que pretendiam vender suas ações. O efeito foi devastado, pois as ações se desvalorizaram fortemente em poucos dias. Pessoas muito ricas, passaram, da noite para o dia, para a classe pobre. O número de falências de empresas foi enorme e o desemprego atingiu quase 30% dos trabalhadores.A crise, também conhecida como “A Grande Depressão”, foi a maior de toda a história dos Estados Unidos. Como nesta época, diversos países do mundo mantinham relações comerciais com os EUA, a crise acabou se espalhando por quase todos os continentes. A crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café brasileiro caíram. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café. Desta forma, diminuiu a oferta, conseguindo manter o preço do principal produto brasileiro da época. Por outro lado, este fato trouxe algo positivo para a economia brasileira. Com a crise do café, muitos cafeicultores começaram a investir no setor industrial, alavancando a indústria brasileira. A solução para a crise surgiu apenas no ano de 1933. No governo de Franklin Delano Roosevelt, foi colocado em prática o plano conhecido como New Deal. De acordo com o plano econômico, o governo norte-americano passou a controlar os preços e a produção das indústrias e das fazendas. Com isto, o governo conseguiu controlar a inflação e evitar a formação de estoques. Fez parte do plano também o grande investimento em obras públicas (estradas, aeroportos, ferrovias, energia elétrica etc), conseguindo diminuir significativamente o desemprego. O programa foi tão bem sucedido que no começo da década de 1940 a economia norte-americana já estava funcionando normalmente.x

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A Independência do Brasil

A Independência do Brasil

O Brasil ganhou sua independência no dia 7 de setembro de 1822. Essa data foi marcada pelo grito do Ipiranga, que foi quando D. Pedro gritou nas margens do riacho Ipiranga: “ Independência ou Morte”.Com a independência, a colônia do Brasil se separou da metrópole portuguesa.Logo após a independência, deu-se inicio a uma grande crise no sistema colonial, que foi até a conquista da primeira Constituição brasileira, no ano de 1824.Com todo esse processo, as pressões internas e externas foram aumentando contra o livre-comércio e o monopólio português.Por volta de 1820 os ventos da liberdade sopravam na América do Sul. Muitas colônias espanholas tinham ficado independentes.As que não tinham independência estavam lutando por ela.No Brasil, a situação também estava agitada. Em 1817 houve uma revolta na região nordeste. A independência era um dos seus objetivos. Ela foi derrotada, mas o sonho de liberdade permaneceu vivo.

Hino da Independência do Brasil

Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil…
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Parabéns, ó brasileiro,
Já, com garbo varonil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A Abolição da Escravatura

A Abolição da Escravatura

Nome dado, na história do Brasil, ao episódio de libertação dos escravos, concretizado em 1888 com a assinatura da Lei Áurea pela princesa Isabel.

A abolição da escravatura no Brasil, que alterou de imediato a estrutura de produção agrícola e, a longo prazo, as fórmulas sociais e étnicas pelas quais se compôs a população do país, não foi um simples gesto magnânimo do poder imperial imbuído de princípios humanitários. Lentamente preparada por sucessivos avanços ao longo do século XIX, a abolição decorreu, isto sim, da inevitável conjunção de dois fatores de peso: as pressões externas da política inglesa, que de há muito se opunha ao tráfico escravista, e as pressões internas de um grande movimento popular, o abolicionismo, cujas origens remontam aos quilombos e às revoltas de africanos iniciadas ainda no período colonial. 
Do ponto de vista estritamente legal, a abolição concretizou-se em 13 de maio de 1888, um domingo, quando a princesa Isabel, então regente do império, sancionou a lei no 3.353, que concedeu liberdade imediata a todos os escravos existentes no Brasil e se tornou conhecida como a Lei Áurea. Resultante de projeto lido pelo ministro da Agricultura, Rodrigo Silva, em nome da princesa regente e do imperador D. Pedro II, na sessão da Câmara dos Deputados do dia 8 de maio de 1888, a lei da abolição não previa nenhuma compensação para os proprietários de escravos e era de uma concisão exemplar. Constava de apenas dois artigos e estava assim redigida: "Art. 1o. É declarada extinta a escravidão no Brasil. Art. 2º. Revogam-se as disposições em contrário." 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

BRASIL


O século de ouro no Brasil
Em 1703 Portugal assinou com a Inglaterra o Tratado de Methuen. As conseqüências desse acordo agravaram a situação da balança comercial portuguesa, já fragilizada pelo declínio da cana-de-açúcar. Pouco tempo depois, foi encontrada no Brasil a primeira grande jazida de ouro. A Coroa viu nessa descoberta a possibilidade de sanar todos os problemas que assolavam a sua economia.
O ciclo econômico da mineração na América portuguesa teve início no final do século XVII, após a decadência da produção açucareira. A atividade extrativista era voltada para o ouro e os diamantes, nas regiões onde hoje se encontram os estados de Goiás, Mato Grosso e, especialmente, Minas Gerais. O apogeu da mineração ocorreu entre 1750 e 1770, justamente quando a Inglaterra começou a se consolidar como potência industrial e exercer influência econômica cada vez maior sobre Portugal.
A metrópole procurava por minérios preciosos em sua colônia desde a descoberta das Minas de Potosí na América espanhola, em 1530. A primeira descoberta de jazidas de ouro é atribuída a um paulista, Antonio Rodrigues Arzão, em 1638. Porém, a disputa pelo ouro só se iniciou de fato em 1698, com a descoberta das jazidas de Ouro Preto (MG).
Os governadores relataram a descoberta ao rei de Portugal. A notícia desencadeou um enorme deslocamento populacional – homens em busca de enriquecimento rápido – de Portugal e de diversos pontos da colônia, provocando profunda carestia numa região ainda selvagem e sem estrutura para receber aquela quantidade de pessoas. Outra conseqüência dessa “febre do ouro” foi a evasão de grande parte da população de diversas regiões da colônia, bem como da metrópole, tornando muitas delas despovoadas.
A população era bastante heterogênea, com predomínio dos paulistas, que em geral andavam descalços. Era fácil diferenciá-los dos estrangeiros, que chegavam à colônia calçados e com roupas pesadas e por isso ficaram conhecidos como emboabas, “pássaro emplumado” em tupi.
Os paulistas se julgavam donos das minas por direito de descoberta e não queriam dividir os lucros com os emboabas. Estes controlavam as entradas e saídas da minas, assim como a quantidade de ouro extraída. Representavam a Coroa portuguesa e se fixaram especialmente na Bahia, sob o comando do comerciante Nunes Viana.
Para melhor controlar a mineração, Portugal decidiu que todo ouro deveria permanecer em Minas Gerais até que os impostos fossem pagos, o que atrapalhou muito o comércio com a Bahia e os negócios de muitos emboabas que lá viviam. Irritado com a nova lei, Nunes Viana se desentendeu com Borba Gato, guarda-mor das minas. Viana decidiu não acatar a decisão da Coroa e foi expulso. Porém, como não contava com o apoio dos emboabas, estes se rebelaram e, com isso, surgiu o primeiro grande conflito entre nativos e estrangeiros na colônia.
A Guerra dos Emboabas
A maior parte das minas estava concentrada nas mãos dos emboabas. Os paulistas, que contavam com a ajuda dos índios, ocupavam especialmente a região do Rio das Mortes. Os emboabas decidiram expulsá-los de lá, encurralando-os e massacrando-os.
Assim, os emboabas assumiram o controle da maior parte das minas, desafiando a autoridade portuguesa. Foi necessário que a Coroa enviassem um novo governador para negociar com os emboabas e lhes prometer inúmeros privilégios em troca do controle político da região.
Os paulistas derrotados seguiram para Mato Grosso, onde descobriram ouro em 1719, e para Goiás. Isso deslocou e expandiu ainda mais a ocupação portuguesa, fazendo do ouro uma febre e algo que parecia ser uma garantia de riqueza perpétua.
A exploração do ouro
O ouro explorado por aqui ficou conhecido como ouro de aluvião, depositado no fundo dos rios e de fácil extração (ao contrário das minas de prata, que exigiam uma escavação profunda). A extração de aluvião era mais fácil e por outro lado, de esgotamento mais rápido.
Havia basicamente duas formas de explorar o ouro:
- Lavra: grande extração, que utilizava mão de obra escrava. À medida que o ouro do local ia se esgotando, a lavra se deslocava para outra região, deixando o que restara para a faiscação, praticada por pequenos mineradores.
- Faiscação: pequena extração, praticada quase sem o trabalho de escravos. Técnica de baixo custo, que tornava a mineração acessível a qualquer homem livre.
A fiscalização portuguesa
A fiscalização sobre a extração do ouro foi extremamente rigorosa, uma vez que o objetivo de Portugal era garantir sua renda sobre o metal.
O imposto cobrado sobre o ouro garimpado era o quinto. A cobrança se dava da seguinte forma:
- Toda jazida descoberta deveria ser imediatamente comunicada à Intendência das Minas mais próxima (órgão que fiscalizava a extração do ouro).
- O intendente dividia a área descoberta em “datas”.
- O descobridor podia escolher duas datas: uma como descobridor e outra como mineiro. A terceira data era escolhida pela Coroa.
Como as técnicas utilizadas eram rudimentares, cresceu a dependência do trabalho escravo: só com o aumento de trabalho é que poderia haver crescimento da produção. Assim, os escravos eram submetidos a um esforço físico brutal.
Porém, por mais que a exploração crescesse, a arrecadação do quinto não aumentava, pois as fraudes eram comuns.
Em 1690 foram criadas as Casas de Fundição, estabelecimentos controlados pela Fazenda Real que recebiam todo o ouro extraído, transformavam-no em barras timbradas e devidamente quintada e, após esse processo, devolviam-nas ao proprietário.
As Casas de Fundição causaram enorme revolta entre os colonos. O trabalho que tinham para transportar o ouro até elas, a burocracia, as taxas e a dificuldade de contrabandear contribuíram para piorar as relações entre Metrópole e colônia. Num determinado momento, o conflito explodiu, na Revolta de Vila Rica, em 1720 (também conhecida como Revolta de Filipe dos Santos, nome de seu líder). Os mineradores foram derrotados e obrigados a pagar 52 arrobas de ouro por ano para substituir o sistema das Casas. Isso aumentou a arrecadação de Portugal até 1730, quando voltou a cair. Para evitar a queda, a Coroa instaurou uma cobrança de impostos per capita: uma taxa sobre cada morador da zona mineradora.
Os mineradores não concordaram e propuseram um acordo, sugerindo 100 arrobas anuais de ouro. O rei português, D. José, decidiu manter o imposto, tendo as 100 arrobas como piso mínimo. Se esse teto não fosse atingido seria aplicada a derrama, cuja importância cresceu desde 1690. Porém, a partir de 1760, a produção de ouro começou a decair rapidamente, embora Portugal tenha insistido em manter a mesma arrecadação. Isso resultou em diversas revoltas de cunho econômico contra a metrópole.
As consequências do ouro
Urbanização: graças à altíssima migração para a região das minas iniciou-se um intenso processo de urbanização no interior da colônia, em vez de no litoral. Um grande número de povoados surgiu, logo se transformando em cidades importantes, onde foram instalados os serviços de fiscalização da Coroa e de administração urbana. Havia também a presença da Igreja Católica.
Diversidade e mobilidade social: a cidade se desenvolve a partir de três locais básicos: o mercado, a prefeitura e a igreja.
Essa sociedade passou a agregar os mais diferentes tipos: mineradores ricos, faiscadores pobres, negros libertos, vendedores ambulantes, artesãos, profissionais liberais e mulheres de várias condições. Essa diversidade de grupos levou a uma variedade de interesses na colônia, distintos daqueles da Coroa.
Aos poucos, a diversidade aumentou:
- Mineradores começaram a oferecer a liberdade para alguns escravos em troca de uma cota de garimpo de outro. Cresceu o número de negros livres com dificuldade de conseguir trabalho.
- Mulheres eram raras na região. A maioria dos homens casados esperava voltar depressa para casa e não levava a esposa consigo. Isso aumentou muito a miscigenação, pois era comum mineradores ricos manterem amantes negras e mestiças, dando cargos importantes em seus negócios aos filhos dessas uniões ilegítimas.
A elite passou a ser educada na Europa, e jovens trouxeram para a colônia influências de correntes intelectuais estrangeiras, criando, no novo ambiente urbano, uma forte explosão cultural. Seu resultado foi o Barroco, um movimento artístico cujas produções locais traziam características próprias, além das presentes nos modelos europeus.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

11 de Setembro

No dia 11/09/2012 faz 11 anos que aconteceu um dos maiores atentados terroristas.

O primeiro atentado às torres gêmeas começou em 1993 no dia 23 de Fevereiro quando um caminhão que carregava mais de 682 quilogramas de diamantes explodiu na garagem do prédio matando 6 (seis) pessoas. A explosão foi tão grande que abriu um buraco com 30 metros de profundidade. Depois disso, a administração do prédio, decidiu instalar luzes de emergência nas escadas.
No dia 11 de Setembro, o vôo 11 da American Airlines foi sequestrado por terroristas islâmicos da Al Qaeda que jogaram o avião na fachada norte destruindo os andares 93º e 99º da torre, depois de 17 minutos depois outro avião sequestrado do vôo 175 da United Airlines se chocou com os prédios destruindo entre os andares 77º e 85º, prendendo naquele momento, 1344 pessoas.

Reconstrução

O processo de reconstrução dos prédios começou com a limpeza deles que durou 8 (oito) meses com 24 horas por dia. A primeira cerimônia para marcar a limpeza dos prédios começou em 30 de maio de 2002. E, em 2002  Larry Silverstein começou com um projeto de reconstruir o 7 World Trade Center, que foi inaugurado em 2006. O espaço vazio resultante da destruição do World Trade Center, tem inúmeros proprietários, incluindo Silverstein e a Autoridade Portuária, o que significa que o Governador do Estado de Nova York, George Pataki, tinha alguma autoridade sobre o local. Para homenagear as vitimas do atentado, foi criado um memorial conhecido como Ground Zero (Marco Zero), que recebeu até hoje mais de 4,5 milhões de visitas só no ano de 2011. Onde ficavam as antigas torres, agora têm os nomes das vitimas do atentado.

sábado, 31 de agosto de 2013

Jornal 


BALAIADA
A Guerra no Maranhão
 Como surgiu essa revolta:   Revolta popular ocorrida no Maranhão entre os anos de 1838 e 1841. Grande parte da população pobre do estado era contra o monopólio político de um grupo de fazendeiros da região. Estes fazendeiros comandavam a região e usavam a força e violência para atingirem seus objetivos políticos e econômicos. Assim criando raiva entre a população.

 
 Governo  manda um carrasco para por fim na Revolta da Balaiada.

No mês de dezembro de 1838 o líder do movimento, Raimundo Gomes, invadiu a prisão de Vila Manga para libertar seu irmão. Acabou aproveitando a situação e libertando todos outros presos.
  Em 1839 os balaios (como eram chamados os revoltosos), fizeram algumas conquistas como, por exemplo, a Vila de Caxias. Conseguiram também organizar uma Junta Provisória.
  O governo maranhense organizou suas forças militares, inclusive com apoio de militares de outras províncias, e passou a combater fortemente os balaios.  Com a participação de muitos escravos fugitivos, prisioneiros e trabalhadores pobres da região, os balaios conseguiram obter algumas vitórias no início dos conflitos.

 As forças militares imperiais ficaram sob comando do coronel Luís Alves de Lima e Silva.
   O movimento de revolta foi contido em 1841. Cerca de 12 mil sertanejos e escravos morreram nos combates. A vitória sobre a balaiada levou o coronel Luís Alves de Lima e Silva a ser condecorado pelo imperador com um título de nobreza: Barão de Caxias.



O Fim da  Revolta
 Após perder a Vila de Caxias, o comandante dos balaios, Raimundo Gomes, se entregou as tropas oficiais.
 Em 1839, após a morte de Balaio, Cosme Bento (ex-escravo) assumiu a liderança dos balaios. Em 1840 ele partiu, com centenas de revoltosos para o interior. Em 1841, o líder Cosme Bento foi capturado e enforcado. Era o fim da revolta. 
 O BALAIO CHEGOU !
 O BALIO CHEGOU !
 CADÊ BRANCO ?
 NÃO HÁ MAIS BRANCO !
 NÃO HÁ MAIS  SINHÔ !
  

terça-feira, 20 de agosto de 2013

                                          De forma engraçada a  realidade 


domingo, 18 de agosto de 2013

      Margareth Thatcher " Dama de Ferro"

                 Foi a precursora do neoliberalismo e seu governo durou 11 anos.

 No ano de 1979, a Europa se encontrava em um período de recessão econômica, elevadas taxas de inflação, altos índices de desempregos e uma quase incontornável crise petrolífera. Durante esse período de turbulência social, assumiu o poder na Grã-Bretanha a líder do partido conservador inglês, Margareth Thatcher.
  Thatcher foi a primeira mulher que ocupou o cargo de Primeiro-Ministro britânico. Logo no início do seu mandato, efetivou uma série de medidas e mudanças, anunciou um plano para a redução dos impostos e passou a controlar e a realizar reformas institucionais nos sindicatos trabalhistas. Essas reformas lhe valeram o apelido de “Dama de Ferro”. 
   Após o primeiro mandato, Thatcher promoveu um programa de privatizações das empresas estatais e continuou combatendo de forma radical os movimentos sindicais trabalhistas. A Primeira-Ministra britânica tornou-se uma das precursoras do neoliberalismo.
No ano de 1984, não negociou a liberação dos presos políticos e sofreu um ataque contra sua vida, realizado pelo grupo terrorista IRA (Exército Republicano Irlandês). Saindo ilesa do atentado, ganhou força e compactuou ainda mais com o capitalismo. Certa vez, disse: “A ganância é um bem” – essa frase é a clara concordância que a “Dama de Ferro” tinha com a acirrada concorrência capitalista.
    No final da década de 1980, Margareth Thatcher continuava seu governo de forma rígida e inflexível. Conseguiu controlar a inflação e acelerou a valorização da moeda inglesa, porém não conseguiu baixar a taxa de desemprego. Sua segunda reeleição aconteceu em 1989, entretanto sua relação com o partido não era boa, o que levou à sua renúncia no ano de 1990. Acentuada ainda pela vitória do presidente norte-americano, George Bush, não simpatizante de Thatcher, um dos motivos da renúncia foi a perda do apoio externo dos Estados Unidos da América. 
A “Dama de Ferro” assumiu o cargo de Primeira-Ministra inglesa no ano de 1979, em plena Guerra Fria, e deixou o poder político britânico em 1990, após a queda do muro de Berlim (fim da Guerra Fria).  
Margareth Thatcher morreu no dia 08 de Abril de 2013, aos 87 anos, em consequência de um acidente vascular cerebral.

            Filme, relatando um pouco mais sobre a vida dessa grande mulher, chamada Margareth Thatcher.
Revisão para o vestibular

1. (UFMG) Leia o texto. “A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma: ainda que em certos vocábulos difere em algumas partes; mas não de maneira que se deixem de entender. (...) Carece de três letras, convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não tem Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente (...)." (GANDAVO, Pero de Magalhães, História da Província de Santa Cruz, 1578.) A partir do texto, pode-se afirmar que todas as alternativas expressam a relação dos portugueses com a cultura indígena, exceto:
a) A busca de compreensão da cultura indígena era uma preocupação do colonizador.
b) A desorganização social dos indígenas se refletia no idioma.
c) A diferença cultural entre nativos e colonos era atribuída à inferioridade do indígena.
d) A língua dos nativos era caracterizada pela limitação vocabular.
e) Os signos e símbolos dos nativos da costa marítima eram homogêneos. 
2. (Fuvest-SP) Os primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo colonizador. O europeu, com visão de mundo calcada em preconceitos, menosprezou o indígena e sua cultura. A acreditar nos viajantes e missionários, a partir de meados do século XVI, há um decréscimo da população indígena, que se agrava nos séculos seguintes. Os fatores que mais contribuíram para o citado decréscimo foram:
a) a captura e a venda do índio para o trabalho nas minas de prata do Potosí.
b) as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos.
c) o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais, o espírito sanguinário, cruel e vingativo dos naturais.
d) as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho indígena na extração da borracha.
e) as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios. 



3. (Fuvest-SP) A sociedade colonial brasileira "herdou concepções clássicas e medievais de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. (...) as distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se em um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígines e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na cultura e na cor." (Stuart B. Schwartz, Segredos internos.) A partir do texto pode-se concluir que:
a) a diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza e campesinato, existente na Europa, foi transferida para o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no elemento fundamental da sociedade brasileira colonial.
b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições como a escravidão, completamente desconhecida da sociedade européia nos séculos XV e XVI.
c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados, não tiveram nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade colonial.
d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e negros tendeu a diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade.
e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de negros, não alterou em nenhum aspecto as concepções medievais dos portugueses durante os séculos XVI e XVII.

4. (UNAERP-SP) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação do Brasil seria através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente, todo o extenso território brasileiro. Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da:
a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.
c) criação das capitanias hereditárias.
d) montagem do sistema colonial.
e) criação e distribuição das sesmarias. 
5. (UFMG) Todas as alternativas apresentam fatores que explicam a primazia dos portugueses no cenário dos grandes descobrimentos, exceto:
a) a atuação empreendedora da burguesia lusa no desenvolvimento da indústria náutica.
b) a localização geográfica de Portugal, distante do Mediterrâneo oriental e sem ligações comerciais com o restante do continente.
c) a presença da fé e o espírito da cavalaria e das cruzadas que atribuíam aos portugueses a missão de cristianizar os povos chamados "infiéis".
d) o aparecimento pioneiro da monarquia absolutista em Portugal responsável pela formação do Estado moderno.


6. (FESO-RJ) "O governo-geral foi instituído por D. João III, em 1548, para coordenar as práticas colonizadoras do Brasil. Consistiriam estas últimas em dar às capitanias hereditárias uma assistência mais eficiente e promover a valorização econômica e o povoamento das áreas não ocupadas pelos donatários." (Manoel Maurício de Albuquerque. Pequena história da formação social brasileira. Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 180.) As afirmativas abaixo identificam corretamente algumas das atribuições do governador-geral, à exceção de:
a) Estimular e realizar expedições desbravadoras de regiões interiores, visando, entre outros aspectos, à descoberta de metais preciosos.
b) Visitar e fiscalizar as capitanias hereditárias e reais, especialmente aquelas que vivenciavam problemas quanto ao povoamento e à exploração das terras.
c) Distribuir sesmarias, particularmente para os beneficiários que comprovassem rendas e meios de valorizar economicamente as terras recebidas.
d) Regular as alianças com tribos indígenas, controlando e limitando a ação das ordens religiosas, em especial da Companhia de Jesus.
e) Organizar a defesa da costa e promover o desenvolvimento da construção naval e do comércio de cabotagem.

7. (UNISO) Durante a maior parte do período colonial a participação nas câmaras das vilas era uma prerrogativa dos chamados "homens bons", excluindo-se desse privilégio os outros integrantes da sociedade. A expressão "homem bom" dizia respeito a:
a) homens que recebiam a concessão da Coroa portuguesa para explorar minas de ouro e de diamantes;
b) senhores de engenho e proprietários de escravos;
c) funcionários nomeados pela Coroa portuguesa para exercerem altos cargos administrativos na colônia;
d) homens considerados de bom caráter, independentemente do cargo ou da função que exerciam na colônia.



8. (Cesgranrio-RJ) Assinale a opção que caracteriza a economia colonial estruturada como desdobramento da expansão mercantil européia da época moderna.
a) A descoberta de ouro no final do século XVII aumentou a renda colonial, favorecendo o rompimento dos monopólios que regulavam a relação com a metrópole.
b) O caráter exportador da economia colonial foi lentamente alterado pelo crescimento dos setores de subsistência, que disputavam as terras e os escravos disponíveis para a produção.
c) A lavoura de produtos tropicais e as atividades extrativas foram organizadas para atender aos interesses da política mercantilista européia.
d) A implantação da empresa agrícola representou o aproveitamento, na América, da experiência anterior dos portugueses nas suas colônias orientais.
e) A produção de abastecimento e o comércio interno foram os principais mecanismos de acumulação da economia colonial.

9. . (UFRJ) "(...) meu coração estremece de infinita alegria por ver que a terra onde nasci em breve não será pisada por um pé escravo. (...) Quando a humanidade jazia no obscurantismo, a escravidão era apanágio dos tiranos; hoje, que a civilização tem aberto brecha nas muralhas da ignorância e preconceitos, a liberdade desses infelizes é um emblema sublime (...). Esta festa é a precursora de uma conquista da luz contra as trevas, da verdade contra a mentira, da liberdade contra a escravidão." (ESTRELLA, Maria Augusta Generoso e Oliveira. "Discurso na Sessão Magna do Clube Abolicionista", 1872, Arquivo Público Estadual, Recife-PE.) A escravidão está associada às diversas formas de exploração e de violência contra a população escrava. Essa situação, embora característica dos regimes escravocratas, registra inúmeros momentos de rebeldia. Em suas manifestações e ações cotidianas, homens e mulheres escravizados reagiram a esta condição, proporcionando formas de resistência que resultaram em processos sociais e políticos que, a médio e longo prazos, influíram na superação dessa modalidade de trabalho.
a) Cite duas formas de resistência dos negros contra o regime da escravidão ocorridas no Brasil.
b) Explique um fator que tenha contribuído para a transição para o trabalho livre no Brasil no século XIX.


10. (Cesgranrio-RJ) "O senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado de muitos." O comentário de Antonil, escrito no século XVIII, pode ser considerado característico da sociedade colonial brasileira porque:
a) a condição de proprietário de terras e de homens garantia a preponderância dos senhores de engenho na sociedade colonial.
b) a autoridade dos senhores restringia-se aos seus escravos, não se impondo às comunidades vizinhas e a outros proprietários menores.
c) as dificuldades de adaptação às áreas coloniais levaram os europeus a organizar uma sociedade com mínima diferenciação e forte solidariedade entre seus segmentos.
d) as atividades dos senhores de engenho não se limitavam à agroindústria, pois controlavam o comércio de exportação, o tráfico negreiro e a economia de abastecimento.
e) o poder político dos senhores de engenho era assegurado pela metrópole através da sua designação para os mais altos cargos da administração colonial. 
11. (Cesgranrio-RJ) A expansão da colonização portuguesa na América, a partir da segunda metade do século XVIII, foi marcada por um conjunto de medidas, dentre as quais podemos citar:
a) o esforço para ampliar o comércio colonial, suprimindo-se as práticas mercantilistas.
b) a instalação de missões indígenas nas fronteiras sul e oeste, para garantir a posse dos territórios por Portugal.
c) o bandeirismo paulista, que destruiu parte das missões jesuíticas e descobriu as áreas mineradoras do planalto central.
d) a expansão da lavoura da cana para o interior, incentivada pela alta dos preços no mercado internacional.
e) as alianças políticas e a abertura do comércio colonial aos ingleses, para conter o expansionismo espanhol.

12. (Fuvest-SP) Podemos afirmar sobre o período da mineração no Brasil que:
a) atraídos pelo ouro, vieram para o Brasil aventureiros de toda espécie, que inviabilizaram a mineração.
b) a exploração das minas de ouro só trouxe benefícios para Portugal.
c) a mineração deu origem a uma classe média urbana que teve papel decisivo na independência do Brasil.
d) o ouro beneficiou apenas a Inglaterra, que financiou sua exploração.
e) a mineração contribuiu para interligar as várias regiões do Brasil e foi fator de diferenciação da sociedade.

13. (UFMG) Em 1703, Portugal assinou com a Inglaterra o tratado de Methuen. A assinatura desse tratado teve implicações profundas para as economias portuguesa e inglesa.
a) Apresente a situação em que se encontrava Portugal na época da assinatura do tratado.
b) Cite a principal cláusula do tratado de Methuen.
c) Apresente 2 (duas) implicações fundamentais desse tratado para a economia portuguesa.
d) Apresente a implicação fundamental desse tratado para a economia inglesa.


14. (UFMG) Leia o texto. Ele refere-se à capitania de Minas Gerais no século XVIII. "... ponderando-se o acharem-se hoje as Vilas dessa Capitania tão numerosas como se acham, e que sendo uma grande parte das famílias dos seus moradores de limpo nascimento, era justo que somente as pessoas que tiverem esta qualidade andassem na governança delas, porque se a falta de pessoas capazes fez a princípio necessária a tolerância de admitir os mulatos aos exercícios daqueles oficias, hoje, que tem cessado esta razão, se faz indecoroso que eles sejam ocupados por pessoas em que haja semelhante defeito..." (D. João, Lisboa, 27 de janeiro de 1726.) No trecho dessa carta, o rei de Portugal refere-se à impropriedade de os mulatos continuarem a exercer o cargo de:
a) governador, magistrado escolhido entre os "homens bons" da colônia para administrarem a capitania.
b) intendente das minas, ministro incumbido de controlar o fluxo de alimentos e do comércio.
c) ouvidor, funcionário responsável pela administração das finanças e dos bens eclesiásticos.
d) vereador, membro do Senado da Câmara, encarregado de cuidar da administração local.


GABARITO
1-A; 2-E; 3-D;
 4-C; 5-B; 6-E;
 7-B; 8-C; 10-A;
 11-B; 12-E; 13-A; 14–D


sábado, 10 de agosto de 2013

REVOLUÇÃO FRANCESA



A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. Os ideais políticos (principalmente iluministas) presentes na França antes da Revolução Francesa também influenciaram a independência  de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil. Agora vamos com mais detalhes entender mais o assunto..



Contexto Histórico: A França no século XVIII 


A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza.
A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à morte.































A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.
A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.

A Revolução Francesa (14/07/1789) 


A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.
O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade ", pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês.
Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.
No mês de  agosto de 1789, a Assembleia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo.

Girondinos e Jacobinos


Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado, os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres.

A Fase do Terror 


Maximilien de Robespierre: defesa de mudanças radicais

Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época.

A burguesia no poder 


 Napoleão Bonaparte: implantação do governo burguês 
Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês. Napoleão assume o cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura.